No início de 2004, pela primeira vez na história brasileira, travestis, mulheres transexuais e homens trans foram ao Congresso Nacional apresentar a campanha “Travesti e respeito”, do Ministério da Saúde, e falar aos congressistas sobre as condições de vida desse segmento populacional. Esse fato ocorreu num dia 29 de janeiro, data que passou a celebrar o Dia Nacional da Visibilidade Trans. Para expor a presença desse tema nas estantes das bibliotecas, as Dicas de Leitura já indicaram obras como Nossa Senhora das Flores, de Jean Genet, Navalha na Carne, de Plinio Marcos, Ópera do Malandro, de Chico Buarque de Holanda, George, de Alex Gino, e Antologia Trans: 30 poetas trans, travestis e não-binários. Mas, o acervo das bibliotecas ainda conta com outras obras apresentadas a seguir.
A Garota Dinamarquesa - David Ebershoff
É uma obra de ficção inspirada na história real do pintor dinamarquês Einar Wegener e de sua esposa Gerda Wegener. O texto é um retrato de um dos primeiros transexuais a passar por uma cirurgia de mudança de sexo no mundo. O livro foi adaptado para o cinema em 2015, tendo como diretor Tom Hooper.
Herculine Barbin - Michel Foucault
Adélaïde Herculine Barbin foi intersexual (à época as pessoas que possuíam sua condição eram chamadas de hermafroditas, atualmente esse termo é evitado por ser considerado estigmatizante). Barbin nasceu na França no século XIX, inicialmente o sexo feminino lhe foi atribuído. Ao fazer uma consulta médica, diagnosticou-se que também tinha o órgão masculino. Houve uma retificação judicial e passou a se chamar Abel Barbin. Devido ao diário que Barbin escreveu, durante toda sua vida, e que foi estudado e republicado por Michel Foucault, essa história se tornou bastante conhecida.
Máscaras - Leonardo Padura Fuentes
Em Havana, após um crime fatal, ocorrido em 6 de agosto, dia que os católicos comemoram a transfiguração de Cristo, três destino se cruzam: o da vítima, uma travesti que lê a bíblia, cujo corpo é encontrado no Bosque de La Habana; o do policial cinquentão Mário Conde, que afoga em rum sua vocação frustrada de ser escritor; e o do dramaturgo Alberto Marques, acusado de ser protetor de gays extraviados.
Meu Nome é Amanda - Amanda Guimarães e Lielson Zeni
Com o apoio da mãe, Mandy Candy fez sua cirurgia de redesignação sexual aos 19 anos na Tailândia. Natural do Rio Grande do Sul, ela narra sua trajetória de vida e sobre como foi se sentir desconectada do próprio corpo. O livro aborda também assuntos como o bullying e o feminismo.
A Queda para o Alto - Anderson Herzer
Anderson Herzer recebeu o nome de Sandra Mara ao nascer. Viveu apenas 20 anos. Transformou as dores de sua difícil história de vida em literatura. Nessa autobiografia, ele narra sua passagem pela Fundação de Bem Estar do Menor (FEBEM), conhecida instituição de reclusão de menores, onde passou por maus tratos e relata suas relações com as internas. A obra também apresenta poemas do autor.
A Reinvenção do Corpo - Berenice Bento
Neste livro, resultante de uma pesquisa de doutorado, Berenice Bento se ancora em histórias de vida de pessoas que mudaram o corpo, cirurgicamente ou não, para se tornarem reais, sugerindo que explicações para a emergência da experiência transexual devem ser buscadas nas articulações histórico sociais, cujos cruzamentos produzem as matrizes de poder que definem a forma de dar inteligibilidade aos corpos.
Viagem Solitária - João W. Nery
Em 1977, João W. Nery foi o primeiro homem transexual, em plena ditadura militar, a realizar no Brasil a cirurgia de redesignação sexual. Nessa autobiografia, após viver 30 anos sem que ninguém soubesse sobre sua identidade trans e de ter um filho já adulto, ele narra sua história de luta e de transformação de forma comovente.
Colaborou para esta edição de Dicas de Leitura: Claudio Roberto da Silva, da Supervisão de Planejamento CSMB.
Consulte o catálogo online para saber em quais bibliotecas estão disponíveis estes e outros livros.
Veja a lista das bibliotecas pelas regiões de São Paulo.
É uma obra de ficção inspirada na história real do pintor dinamarquês Einar Wegener e de sua esposa Gerda Wegener. O texto é um retrato de um dos primeiros transexuais a passar por uma cirurgia de mudança de sexo no mundo. O livro foi adaptado para o cinema em 2015, tendo como diretor Tom Hooper.
Herculine Barbin - Michel Foucault
Adélaïde Herculine Barbin foi intersexual (à época as pessoas que possuíam sua condição eram chamadas de hermafroditas, atualmente esse termo é evitado por ser considerado estigmatizante). Barbin nasceu na França no século XIX, inicialmente o sexo feminino lhe foi atribuído. Ao fazer uma consulta médica, diagnosticou-se que também tinha o órgão masculino. Houve uma retificação judicial e passou a se chamar Abel Barbin. Devido ao diário que Barbin escreveu, durante toda sua vida, e que foi estudado e republicado por Michel Foucault, essa história se tornou bastante conhecida.
Máscaras - Leonardo Padura Fuentes
Em Havana, após um crime fatal, ocorrido em 6 de agosto, dia que os católicos comemoram a transfiguração de Cristo, três destino se cruzam: o da vítima, uma travesti que lê a bíblia, cujo corpo é encontrado no Bosque de La Habana; o do policial cinquentão Mário Conde, que afoga em rum sua vocação frustrada de ser escritor; e o do dramaturgo Alberto Marques, acusado de ser protetor de gays extraviados.
Meu Nome é Amanda - Amanda Guimarães e Lielson Zeni
Com o apoio da mãe, Mandy Candy fez sua cirurgia de redesignação sexual aos 19 anos na Tailândia. Natural do Rio Grande do Sul, ela narra sua trajetória de vida e sobre como foi se sentir desconectada do próprio corpo. O livro aborda também assuntos como o bullying e o feminismo.
A Queda para o Alto - Anderson Herzer
Anderson Herzer recebeu o nome de Sandra Mara ao nascer. Viveu apenas 20 anos. Transformou as dores de sua difícil história de vida em literatura. Nessa autobiografia, ele narra sua passagem pela Fundação de Bem Estar do Menor (FEBEM), conhecida instituição de reclusão de menores, onde passou por maus tratos e relata suas relações com as internas. A obra também apresenta poemas do autor.
A Reinvenção do Corpo - Berenice Bento
Neste livro, resultante de uma pesquisa de doutorado, Berenice Bento se ancora em histórias de vida de pessoas que mudaram o corpo, cirurgicamente ou não, para se tornarem reais, sugerindo que explicações para a emergência da experiência transexual devem ser buscadas nas articulações histórico sociais, cujos cruzamentos produzem as matrizes de poder que definem a forma de dar inteligibilidade aos corpos.
Viagem Solitária - João W. Nery
Em 1977, João W. Nery foi o primeiro homem transexual, em plena ditadura militar, a realizar no Brasil a cirurgia de redesignação sexual. Nessa autobiografia, após viver 30 anos sem que ninguém soubesse sobre sua identidade trans e de ter um filho já adulto, ele narra sua história de luta e de transformação de forma comovente.
Colaborou para esta edição de Dicas de Leitura: Claudio Roberto da Silva, da Supervisão de Planejamento CSMB.
Consulte o catálogo online para saber em quais bibliotecas estão disponíveis estes e outros livros.
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