terça-feira, 1 de junho de 2010

O Áudio no Visual


Na Biblioteca Roberto Santos, temática em Cinema, acontece a mostra O Áudio no Visual, que constrói um panorama da história do som no cinema desde os primeiros filmes mudos. Haverá também projeções de filmes mudos com trilha sonora ao vivo em todos os sábados de junho às 19h, e a mostra O Áudio no Visual Infantil.

A Biblioteca Cassiano Ricardo, temática em Música, promove também uma programação cultural com o mesmo tema. Em junho, acontece a Palestra Ilustrada: O desenvolvimento da música e do áudio no cinema, o Workshop para crianças de música ao vivo para cinema - Lívio Tragtenberg e o Workshop Frame Circus, sendo que o músico Lívio Tragtenberg e o grupo Frame Cicus também se apresentarão na Biblioteca Roberto Santos, nas projeções de filmes mudos com trilha sonora ao vivo.


Veja a programação da Biblioteca Roberto Santos


Veja a programação da Biblioteca Cassiano Ricardo


Cinema mudo

Desde o início, inventores e produtores tentaram casar a imagem com um som sincronizado. Mas nenhuma técnica deu certo até a década de 20. Assim sendo, durante 30 anos os filmes eram praticamente silenciosos sendo acompanhados muitas vezes de música ao vivo, outras vezes de efeitos especiais e narração e diálogos escritos presentes entre cenas.

A era do som

Até então já haviam sido feitos experimentos com som, mas com problemas de sincronização e amplificação. Em 1926, a Warner Brothers introduziu o sistema de som Vitaphone (gravação de som sobre um disco) até que em 1927, a Warner lançou o filme The Jazz Singer, um musical que pela primeira vez na história do cinema possuía alguns diálogos e cantorias sincronizados aliados a partes totalmente sem som. No final de 1929, o cinema de Hollywood já era quase totalmente falado. No resto do mundo, por razões econômicas, a transição do mudo para o falado foi feito mais lentamente.

O uso do som fez com que o cinema se diversificasse em termos de gêneros, nascendo o musical, as comédias musicais, entre outros.
Com o desenvolvimento criativo do uso do som no cinema, em paralelo se desenvolve também a tecnologia do equipamento usado.

Crônicas de Verão inaugura o cinema direto, captado com o gravador nagra, mais leve. O som captado impuro e uma montagem com cortes bruscos aumentam a sensação de realidade. O som sincronizado com a imagem também aumentava a sensação de realidade, tudo contendo uma marca de autenticidade que contradizia o formalismo e a estilização característicos do documentário clássico e do cinema de estúdio.

Em A Primeira Noite de um Homem, a obra utiliza na sua trilha sonora músicas pops integralmente cantadas. A trilha sonora desse filme, grande sucesso dos anos 60, foi composta pela dupla Paul Simon e Art Garfunkel. Tarkovski, em O Sacrifício, faz um trabalho de som fenomenal, dando características abstratas e apreciações subjetivas da banda sonora em relação às imagens vistas, criando dois mundos diferentes conectados pela impressão do espectador. E finalmente, o início de um trabalho mais elaborado de som, com a sonorização espacial, com os filmes Apocalipse Now e o infantil Planeta do Tesouro, criando o que hoje é chamado de Designer de Som, responsável por pensar criativamente o espaço sonoro no filme e sua construção sonora. Fechando a mostra, o contemporâneo Dançando no Escuro, um intrincado musical sonoro, parceria entre a cantora e compositora Bjork e o cineasta dinamarquês Lars Von Trier. Bjork criou as músicas para o filme com os próprios ruídos de máquinas, trens, e todo o universo sonoro ambiente onde se passou o filme.

Cena do filme mudo brasileiro Braza Dormida






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