quinta-feira, 8 de fevereiro de 2018

Dicas de Leitura - Carlos Heitor Cony

Imortal da Academia Brasileira de Letras, o jornalista e escritor Carlos Heitor Cony nasceu no Rio de Janeiro em 1926 e faleceu em 5 de janeiro de 2018 com 92 anos. Trabalhou na imprensa desde 1952, inicialmente no Jornal do Brasil e mais tarde no Correio da Manhã, do qual foi redator, cronista e editor. Depois de várias prisões políticas durante a ditadura militar e de um período no exterior, entrou para o grupo Manchete. Foi colunista da Folha de São Paulo, comentarista da rádio CBN e da Band News. Na literatura ganhou por duas vezes consecutivas o Prêmio Manuel Antônio de Almeida (em 1957 e 1958) com os romances A Verdade de Cada Dia e Tijolo de Segurança, o Prêmio Machado de Assis da Academia Brasileira de Letras pelo conjunto da obra em 1996, os Prêmios Jabuti de 1996 pelo romance Quase Memória, de 1997 pelo romance A Casa do Poeta Trágico e de 2000 por Romance sem Palavras dentre outras premiações. Cony também escreveu coletâneas de crônicas, volumes de contos, ensaios biográficos, obras infantojuvenis, adaptações e criou novelas para a TV.

A casa do poeta trágico
Augusto, um profissional de publicidade, embarca a trabalho num cruzeiro pelo Mediterrâneo. Desperta do tédio da viagem quando avista uma moça solitária, trinta anos mais jovem, e decide iniciar uma perseguição silenciosa. Quando a moça desembarca em Nápoles, na penúltima escala da viagem, o homem espera que ela olhe para trás. Frustrado, sofre o fim do que ainda não houve. Mas uma longa e inexplicável história ainda está para ser cumprida entre os dois.

Crônicas para ler na escola
Um estojo escolar, um buraco no chão, uma calculadora, os temas das crônicas de Cony vão do Google ao ciúme entre irmãos, do rock à fascinação de uma menina pelas conchas do mar. Para o autor os objetos cotidianos são portas que nos levam para outra dimensão, onde tudo é mais do que parece. Em uma de suas histórias, diz que um de seus amigos tem certeza de que no futuro poderemos viajar para o exterior sem a ajuda de aviões. 




O laço cor de rosa
Narra a história de um avô que gosta de contar histórias, de inventar e de fazer mágicas, principalmente para distrair seus netos e deixá-los encantados. Esse avô conta sobre anjos que esquecem bombons pelas ruas, espalham balas pelos quatro cantos da casa e fadas que saem durante a noite só para iluminar os sonhos das crianças. Um dia o avô decide ter uma cachorrinha, e cria Mila, que acaba sendo adotada como filha, e que está sempre acompanhada por um laço cor-de-rosa.



O mistério das aranhas verdes
Carol é uma garota de 13 anos, filha de pais separados e irmã mais velha do inconveniente Flavinho. A menina é sequestrada e para conseguir se livrar dos bandidos, precisa entender a relação entre um médico morto aparentemente sem motivo, um homem de terno branco e Flavinho. A solução para esse mistério está nas aranhas verdes. Será que a menina consegue desvendar essa trama complicadíssima?

Pessach: a travessia
Paulo Simões é um escritor carioca bem-sucedido que vive sozinho e evita tomar qualquer posição política mais radical além de também rejeitar suas origens judaicas. No dia de seu aniversário de 40 anos, em 1966, em pleno regime militar, recebe a visita de um antigo amigo que tenta convencê-lo a entrar na luta armada. Avesso aos métodos radicais da esquerda, Paulo recusa o convite, mas mal sabe que tomará decisões aparentemente involuntárias que o levarão a se comprometer com ideais que julgava esquecidos, ingressando em um caminho sem volta. Paulo se verá transformado em um homem 
engajado de todas as formas.




O piano e a orquestra
Os primos Olavo e Francisco se encontram de tempos em tempos, apesar dos temperamentos contrários. Olavo é um sujeito pacato que procura uma vida estável no Rio de Janeiro, onde segue a carreira de jornalista. Francisco, de uma pequena cidade no interior do estado, é intrigado com a figura de Jesus Cristo e com as histórias da Bíblia, e tem como missão desafiar Deus, a quem chama de o Outro, enquanto ganha a vida como toureiro em um circo na cidade em que nasceu. Suas façanhas chegam aos ouvidos de Olavo, que resolve investigar a vida do primo. 



O ventre
José Severo é um jovem desajustado que não consegue se encaixar no meio em que nasceu e cresceu. Rejeitado pelo pai e pela amiga de infância, por quem foi e continua apaixonado, despreza o pai e sente-se ofuscado pelo irmão mais novo. Após a morte da mãe, descobre que é filho bastardo e se afasta de todos, levando uma vida solitária na qual a amargura impede o desespero.


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