Vinicius de Moraes nasceu no dia 19 de outubro de 1913 no Rio de Janeiro. Foi diplomata, dramaturgo, poeta e músico brasileiro. Boêmio, casou-se nove vezes.
No fim dos anos 20, o “poetinha”,
como ficou conhecido, produziu letras para dez canções gravadas - nove delas
parcerias com os Irmãos Tapajós. Vinicius teve em 1933 sue primeiro livro de
poesias publicado, O Caminho para a Distância. Nos anos 30, Vinicius
estabeleceu amizade com Mário de Andrade, Manuel Bandeira e Oswald de Andrade.
Realizou trabalhos diplomáticos
nos Estados Unidos e na França durante os anos 40 e 50.
Em 1954 publicou a coletânea de
poemas, Antologia Poética. Conheceu Tom Jobim, e desta parceria surgiram
músicas como Garota de Ipanema, Eu sei que vou te amar, A felicidade, Chega de saudade e tantas outras.
Alternando os trabalhos com a música
e a diplomacia, Vinicius foi morar em Montevidéu, Uruguai. Permaneceu lá até
1960.
Em 1965, já tendo feito parcerias
musicais e músicas no ritmo da Bossa Nova, o Theatro Municipal de São Paulo foi
palco para uma homenagem para Moraes.
Em 1968, Vinicius foi aposentado
compulsoriamente por uma cláusula que estava no Ato Constitucional 5, criado
pela Ditadura Militar.
No mesmo período, começou uma
parceria com o violinista Toquinho, e desta amizade surgiram músicas como Tarde
de Itapoã, Testamento e Como dizia o poeta. Em 80, foi lançado o disco Arca de
Noé.
Entre seus parceiros memoráveis, não podemos deixar de citar Baden Powell, com quem deu inícioà série de afro-sambas, entre os quais, "Berimbau" e "Canto de Ossanha".
Entre seus parceiros memoráveis, não podemos deixar de citar Baden Powell, com quem deu inícioà série de afro-sambas, entre os quais, "Berimbau" e "Canto de Ossanha".
Compõe, com música de Carlos Lyra, as canções de sua
comédia-musicada Pobre menina rica.
Em 9 de julho de 1980, Vinicius passou
mal em sua casa e faleceu. Em 2000
a praia de Ipanema foi palco de um show em homenagem ao
poetinha.
Para seu centenário separamos
algumas obras para você conhecer e se encantar com Vinicius. E há também uma
exposição na Biblioteca Monteiro Lobato para conferir.
"Arca de Noé" é também
o título do primeiro poema desse livro. O conjunto é formado por 32 poemas, a
maioria sobre bichos, e inclui os que constam dos discos Arca de Noé 1
e 2. Alguns foram musicados pelo próprio Vinicius de Moraes (1913-80)
e se tornaram clássicos da MPB para crianças. (Um bom exemplo é o daquela casa
"muito engraçada" que "não tinha teto/ não tinha nada".)
Todos são poemas feitos para ler, aprender de cor ou cantar.
Antes de se tornar um dos maiores
compositores da música popular brasileira, Vinicius já se consagrara como poeta
da mais alta qualidade literária - seus versos marcam mais de cinquenta anos da
literatura brasileira. A presente antologia é mostra da habilidade poética de
Vinicius de Moraes, que soube, entre outras coisas, atualizar o erudito e
conceder tratamento culto a temas populares. Com isso, tornou-se um mestre no
manejo inteligente e inventivo dos metros e das formas do poema, conquistando a
simpatia dos leitores e muitos elogios dos críticos.
Para viver um grande amor
estrutura-se de modo singular: alterna poesia e prosa. As crônicas guardam as
marcas típicas do gênero, como a observação aguda do cotidiano e a linguagem
despojada. Mas, além disso, conforme o próprio Vinicius, "há, para o
leitor que se der ao trabalho de percorrê-las em sua integridade, uma unidade evidente
que as enfeixa: a do grande amor". Quanto aos poemas, encontram-se, aqui,
exemplares de grande força expressiva, como o impactante "Carta aos
'Puros'".
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